sexta-feira, 14 de agosto de 2009

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Muito prazer, Fluminense!

O que você responderia se alguém lhe perguntasse quais foram os únicos clubes brasileiros a eliminar o Boca Juniors em uma edição da Copa Libertadores? Foi pensando nisso que o Fluminense entrou em campo no dia 4 de junho de 2008. O Maracanã estava lotado, a festa estava pronta e o empate em 2 a 2 na primeira partida, em Buenos Aires, dava ao Tricolor totais de condições de fazer história. Só havia um único problema: do outro lado estava um dos mais temidos clubes da América.

Pela primeira vez naquela Libertadores o Fluminense parecia nervoso dentro de sua própria casa. Talvez até por respeitar demais o adversário, o time de Renato Gaúcho não conseguia impor seu ritmo ofensivo de jogo. Tal falta de atitude resultou em um domínio dos argentinos no primeiro tempo e o goleiro Fernando Henrique acabou sendo o principal destaque tricolor na etapa.

Veio o segundo tempo e nada mudou. O Fluminense pouco atacava e o Boca Juniors sempre levava perigo. De tanto insistir, Dátolo fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Palermo abrir o placar. O Tricolor se mostrava cada vez mais perdido no jogo. Prova disso foi que Thiago Neves marcava Palermo no lance do gol. Foi quando Renato mandou Dodô se aquecer e a história da partida começou a mudar.

A entrada do jogador contagiou a equipe. Cinco minutos após o gol argentino, o atacante dos gols bonitos fez boa jogada e foi derrubado na entrada da área. Washington cobrou com categoria e empatou o jogo. O resultado já era suficiente para levar o Fluminense a sua primeira final de Libertadores, mas a torcida queria mais. O Boca saiu para o jogo e FH voltou a mostrar porque foi um dos melhores goleiros da competição. Suas defesas salvadoras deram tranquilidade à equipe e uma delas deu início ao contra-ataque que resultou no gol de Conca, após chute que desviou em Ibarra e enganou o goleiro Migliore.

Nas arquibancadas a festa era geral. O tão temido Boca Juniors sucumbia diante da qualidade do futebol tricolor. Mas faltava o golpe final. E ele veio da melhor maneira possível: Palácio, um dos principais jogadores argentinos, tentou sair jogando e não aguentou a pressão de enfrentar o Fluminense em um Maracanã com quase 85 mil torcedores. O atacante tremeu diante da torcida tricolor e acabou dando a bola de graça para Dodô, que teve apenas o trabalho de tirar do goleiro para fechar o placar em 3 a 1.

O Santos de Pelé e o Fluminense de Dodô, Conca e Washington. Agora você já sabe exatamente o que responder.

Ficha Técnica:

FLUMINENSE: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor (Dodô, 15'/2ºT), Arouca, Cícero, Conca e Thiago Neves (Maurício, 33'/2ºT); Washington (Roger, 47'/2ºT). Técnico: Renato Gaúcho.

BOCA JUNIORS: Pablo Migliore, Hugo Ibarra, Julio Cáceres, Gabriel Paletta e Morel Rodríguez (Boselli, 33'/2ºT); Vargas (Ledesma, intervalo), Battaglia, Dátolo (Chavez, 39'/2ºT) e Riquelme; Palacio e Martín Palermo. Técnico: Carlos Ischia.

Gols: Palermo 12'/2ºT (0-1), Washington 17'/2ºT (1-1), Conca 26'/2ºT (2-1), Dodô 47'/2ºT (3-1)
Amarelos: Washington, Arouca, Thiago Neves, Gabriel, Fernando Henrique e Junior Cesar (FLU); Riquelme e Palermo (Boca)
Juiz: Carlos Torres (PAR)
Renda/público: R$ 1.729.117,50 / 78.856 pagantes / 84.632 presentes